Tradução e legendas: Rafael Campos
Controle Negado
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
terça-feira, 5 de julho de 2016
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
Resenha: "Em 6 passos o que faria Jesus" - Paulo Brabo.
Rafael Campos
“Em 6 passos o que faria Jesus?”, terrível
(sarcástico até a alma) trocadilho! Do título já decorre uma escolha a ser
feita, um impasse: nem tocar no livro, ou, sacar que, no mínimo, é uma piada
mortal. Você escolhe. (Se você for calvinista, Deus já escolheu por você. Tá
bom, parei por aqui :D). Depois que li “A Bacia das Almas”, ficou mais fácil
escolher: saquei a parada, e depois de ler “As divinas gerações”, último livro
de Paulo Brabo, fiz o percurso inverso, e comprei esse livro dos passos.
Começando pelo inaceitável. Paulo
Brabo, dono do site "a bacia das almas", realizou a indelicadíssima proeza de
trocar as bolas e afirmar que Campina Grande, cidade na qual se hospedou no
Hotel Gandhi (o qual conheço de perto, moro numa cidade ao lado) é a capital de
Pernambuco! É claro que prontamente (quase: uns seis meses depois, quando fiz a
segunda leitura do livro) enviei-lhe um (furioso e colérico) e-mail, solicitando-o desculpas e a correção da errata. O Paulo me respondeu afirmando que espera uma (quase impossível)
segunda edição do livro para corrigir a mesma.
Passando do trivial para o miolo,
o livro possui 6 passos sistemáticos (quase com certeza ele odiaria ler isso)
e, ao mesmo tempo, não sistemáticos, pois devem ser internalizados na conduta
sem uma racionalização mórbida, de como um seguidor
de Jesus deveria se portar e um sétimo passo, que não é um passo, mas uma
conclusão bastante ousada a partir da reflexão feita sobre a relação entre o
cristão e o Cristo. Este deveria ser por nós, cristãos, esquecido, e, portanto, encarnado. Um mundo ideal seria o que
Jesus não fosse mais ensinado, talvez pouco falado.
Classifico o livro como
pequeno e perturbador: como aqueles pirralhos, que quanto menores, mais barulho
fazem e infernizam a paz interior. Em poucas páginas e com uma escrita de
mestre (das palavras), Brabo irrompe com uma análise das coisas que os cristãos
fizeram questão de não seguir (esquecerem?) em Jesus, e que, talvez, seriam as que
ele mais se importasse que seus discípulos internalizassem (ou para ser mais ocidental, seguíssemos à risca).
Pelo fato de o livro ser pequeno,
não ouso dizer mais nada a respeito do conteúdo de suas páginas. Comprem-no. Através de um saboroso diálogo íntimo com o leitor, desafia os cristãos a (re)pensarem toda sua conduta e vivência, pela constante
introspecção do início ao fim, e ao mesmo tempo, desafia os “de fora” a
(re)pensarem sobre diante de qual tipo de cristianismo estão “do lado de fora”.
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